A Unidos da Tijuca recebeu na tarde desta quarta-feira o título de Campeã do Carnaval das escolas do Grupo Especial do Rio em 2010. O último título foi conquistado em 1936.
Com o enredo "É Segredo!", a escola inovou na avenida e usou efeitos visuais para mexer com a imaginação do público. A Unidos da Tijuca foi terceira escola a desfilar no primeiro dia de apresentações do Grupo Especial do Rio, e foi considerada pelo público a grande sensação da Marquês de Sapucaí.
A escola apresentou uma comissão de frente totalmente inovadora, onde as mulheres trocavam de roupa em um passe de mágica. Como o regulamento permite somente 15 componentes, foi usada uma alegoria para esconder os demais integrantes. Coreografada, a comissão fez um show na avenida, e os componentes fizeram uma apresentação com truques do ilusionismo.
Uma das novidades apresentadas pelo carnavalesco Paulo Barros foi uma intervenção na bateria de mafiosos armados que chegaram em um carro preto, mas que passavam mensagens de paz, já que na ponta das metralhadoras haviam bandeiras brancas que pediam o fim da violência. Os ritmistas estavam vestidos de gangsters e fizeram paradinhas e coreografias. Grávida de três meses, a apresentadora Adriane Galisteu foi a rainha da bateria.
O abre-alas mostrou Alexandre, o Grande, e representou o mistério de Alexandria, no Egito, quando um incêndio atingiu a biblioteca e queimou livros que continham os grandes mistérios da humanidade durante a Idade Média. Os efeitos faziam o fogo parecer real.
Durante o desfile, foram apresentados lugares lendários, mistérios de civilizações antigas e identidades secretas.
Uma grande surpresa foi uma alegoria dos super-heróis, que tinha homens-aranha escalando prédios e depois, pelo mesmo carro, batmans desciam esquiando.
Cinco mil mudas de plantas formavam o carro Jardins Suspensos da Babilônia. Para completar o cenário havia 4.000 litros de água na alegoria. A ala das baianas também representou os jardins suspensos.
O carro "Não ultrapasse" exibiu um sósia do popstar Michael Jackson, com uma mensagem ao astro morto em junho do ano passado após uma overdose de medicamentos e de uma intoxicação com o anestésico propofol.
Um pergaminho de construções maias era mais uma alegoria, que trazia os arqueólogos que tentavam desvendar o segredo da civilização.
O pavão, símbolo da escola, estava no último carro que tinha integrantes camuflados de preto que se transformavam no animal, mais uma ilusão de ótica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário