Enquanto o Distrito Federal sofre com a baixa umidade do ar, que chegou aos 18% na semana passada, o Rio Grande do Norte, assim como os demais estados do Nordeste, permanece com os mesmos índices, girando em torno de 80%. Apesar da estabilidade da região, as áreas mais secas têm apresentado picos de baixa umidade. No estado, essa situação é evidente no Alto Oeste e no Seridó.
O meteorologista Empresa de Pesquisa e Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Gilmar Bistrot, afirma que não há motivos para os potiguares ficarem preocupados com a questão da umidade, principalmente aqueles que moram no litoral. " Na faixa litorânea a umidade relativa do ar fica entre 75% e 80%. O mínimo que chega e aos 60%", explicou o especialista. As únicas áreas que geram percentuais muito baixos são Alto Oeste e o Seridó. A cidade de Mossoró, a 277km de Natal, registrou índice de 25% na última semana. "Esse registro é momentâneo e não atinge o conforto das pessoas porque normalmente a umidade fica entre 60% e 65%", esclareceu Gilmar.
Alguns municípios têm reclamado das altas temperaturas no interior, embora, a meteorologia mostre que o calor diminuiu. Segundo Gilmar, a atuação do La Ninã (resfriamento anormal das águas do pacífico) baixou mais a temperatura no interior do estado. " Não está quente como nos outros anos", ressaltou, dizendo que mesmo que não esteja chovendo, há formação de nuvens na região. "Esse período sem chuva coincide com a umidade mais baixa. E vai de agosto até dezembro. Mas, o conforto humano não é atingido", enfatizou o meteorologista.
Sobre a situação de queimadas que poderiam surgir no estado, o especialista disse que identificou casos apenas no município de Serra do Mel, a 280km da capital, onde os restos de podas são queimados. "É a campeã em focos de incêndio devido à cultura do caju", lembrou. A queimada na área é resultado da manipulação do homem e não dos efeitos climáticos.
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