Os empregados dos Correios devem fazer assembleias nos 35 sindicatos da categoria, na tarde de hoje (10), para decidir se mantêm a greve iniciada há 27 dias. Eles vão colocar em pauta a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na sexta-feira (7), que foi aceita pela empresa, mas rejeitada pelos representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect).
Se os trabalhadores não aceitarem o acordo com a empresa, o dissídio coletivo da categoria será julgado amanhã (11) pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST. O secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva, acha que os sindicatos não vão entrar em acordo com a empresa e a decisão deverá ser dada pelo TST.
Na última reunião entre a direção e os trabalhadores, o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, apresentou uma proposta que prevê abono de R$ 800, a ser pago imediatamente, e aumento real de R$ 60 a partir de janeiro de 2012, além de reajuste linear de 6,87% do salário e dos benefícios. Os grevistas querem repôr os dias parados com trabalho extra e também reivindicam aumento real de R$ 80 retroativo a agosto.
Para tentar regularizar a entrega de correspondências, os Correios fizeram mais um mutirão no último fim de semana. Foram entregues 22 milhões de correspondências e feita triagem em mais 27 milhões em todo o país. Desde o início da paralisação, os mutirões foram responsáveis pela entrega de cerca de 47 milhões de cartas e encomendas e pela triagem de mais 96 milhões.
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