Neste domingo (20), pela primeira vez o Brasil vai celebrar o Dia da Consciência Negra como uma data nacionalmente reconhecida.
Lembrada pelos movimentos sociais desde a década de 1970, a comemoração foi oficialmente instituída no dia 10 deste mês, quando a presidente Dilma Rousseff assinou a lei 12.519, que decretou 20 de novembro como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A data, que lembra o falecimento do líder Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra à escravidão, já havia sido incorporada ao calendário das escolas e instituições públicas nos últimos anos e é um marco da luta contra o racismo no Brasil.
Zumbi foi morto em uma emboscada no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas, que ele liderou.
A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, fará um pronunciamento em rede nacional hoje, entre 20h e 21h, para ressaltar a importância da celebração.
Para ela, “as justas homenagens que prestamos a Zumbi e seus companheiros e companheiras exprimem o reconhecimento da nação às lutas por liberdade e pela afirmação da dignidade humana de africanos e seus descendentes que remontam ao período colonial”.
Dados do Censo 2010 mostram que os negros correspondem a 7,6% da população brasileira. São 15 milhões de pessoas, aproximadamente, para um total de 191 milhões. A proporção aumentou em relação a 2000, quando os negros eram 6,2% dos habitantes do país.
A maior concentração, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), está na região Nordeste, com destaque para a Bahia, onde 17% da população se declara negra. No Rio de Janeiro, que fica no Sudeste, esse índice é de 12,4%, também acima da média nacional.
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