As discussões em redes sociais sobre as
eleições fizeram aumentar em 84% o número de denúncias de crimes de ódio
cometidos na web. As páginas incluem conteúdo relacionado a racismo,
homofobia, xenofobia, neonazismo e intolerância religiosa. As denúncias
foram feitas à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos,
rede para denúncias anônimas de delitos contra os direitos humanos e dos
animais. As reclamações são recebidas por Polícia Federal, Câmara,
Senado e a ONG Safernet, entre outros.
Segundo o levantamento, obtido pela
Folha, 8.429 denúncias envolvendo crimes de ódio no Facebook e no
Twitter foram feitas entre 1º de julho e 6 de outubro deste ano; 3.018
páginas hospedavam os conteúdos. No mesmo período de 2013 –sem
eleições–, foram 4.583 denúncias para 1.719 páginas. Os picos de
denúncia aconteceram na semana passada. O maior deles foi no dia 29 de
setembro, um dia após o candidato Levy Fidelix (PRTB) declarar, no
debate da TV Record, que “aparelho excretor não reproduz”, entre outros
ataques a homossexuais. Na data, ocorreram 1.143 denúncias, recorde no
período, envolvendo 141 páginas no Facebook e no Twitter. No mesmo dia
do ano passado, os números eram 63 denúncias para 20 páginas únicas. O
aumento no volume de denúncias foi de 1.800%.
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