Até esta quarta-feira, o Ninho do Pássaro era o
palco de uma
das maiores frustrações da carreira de Fabiana Murer. Era o lugar onde
seu
equipamento havia sido perdido, onde um sonho olímpico havia caído por
terra,
onde havia chorado e dito que jamais voltaria a competir. Felizmente, a
brasileira voltou. Enterrou qualquer fantasma, deixou as lembranças
ruins no
passado e voou tão alto quanto no melhor momento de sua carreira. Com
4,85m, fez sua melhor marca na temporada e conquistou a prata no salto com
vara feminino,
a primeira medalha do Brasil no Mundial de Pequim. Assim como no Pan de Toronto, a cubana Yarisley
Silva, favorita, tomou o ouro da paulista no último salto ao passar do
sarrafo em 4,90m. O bronze ficou com a grega Nikoleta
Kyriakopoulou.
Esta é a segunda vez que Fabiana, hoje com 34 anos, sobe ao
pódio na história da competição. Em 2011, em Daegu, na
Coreia do Sul, ela tornou-se a primeira atleta brasileira a ser campeã
mundial de atletismo.
- É uma outra competição, totalmente diferente. Entrei com uma
experiência diferente. Passaram muitos anos (desde Pequim 2008), passei por muita coisa. A
sensação que cheguei aqui é como entrei para aquela final. Entrei com a certeza
que ia ter uma medalha, como em 2008. Entrei com a mesma sensação. Mas a
saída é bem diferente (risos). Estou muito contente com essa medalha. Acho que saltar de novo 4,85m foi
superimportante para mim depois de quatro anos, em Daegu - disse Murer.
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