A medalha de ouro nos 100m deu fortes
indícios de que Usain Bolt voltou a ser o maior velocista da atualidade.
O tetracampeonato nos 200m, obtido nesta quinta-feira (27) no Mundial
de Pequim, deixou claro que não existe a menor dúvida disso. Não há e
talvez nunca haverá um atleta como Bolt.
Justin Gatlin é um rival de respeito,
pelo menos no cronômetro. O norte-americano, que tem seis anos de
suspensões por doping no currículo, chegou ao Mundial como líder do
ranking nos 100m e nos 200m e vai voltar de Pequim sem nenhuma medalha
de ouro individual. Sua única esperança é vencer o revezamento 4x100m.
Nos 200m, chegou a Pequim gabaritado
pela quinta melhor marca da história – 19s57, que fez na etapa de Eugene
da Diamond League. Bolt, por sua vez, fez temporada ruim, prejudicado
por lesão. Em teoria, era zebra. Mas, na prática, é imbatível.
Aos 29 anos recém-completados, Bolt é
tetracampeão mundial dos 200m (2009 a 2015), tri dos 100m (2009, 2013 e
2015) e do revezamento 4x100m (2009 a 2013). Também é bicampeão olímpico
dessas três provas. Em grandes competições, só não venceu os 200m e o
revezamento 4x100m no Mundial de Osaka, em 2007 (faturou a prata) e os
100m em Daegu, em 2011 – queimou a largada.
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