sexta-feira, agosto 28, 2015

“Bolsa Atleta me incluiu na sociedade”, diz medalhista que era guardador de carros.

A história do esporte na vida de Davi é emocionante. Há 15 anos ele tomava conta de carros em um estacionamento ao lado do Centro Olímpico em São Paulo. “Meu professor estacionava o carro lá e eu tomava conta do carro dele. E aí ele me chamou para treinar”, conta ele. Ele começou a treinar para ganhar o lanche. Em 2005, quando foi criado o Bolsa Atleta, ele diz que foi um dos primeiros a se inscrever no programa. “Depois que eu comecei a receber o Bolsa Atleta, falei: ‘Vou ser atleta, cara! Não quero nunca mais voltar.".

E assim ele fez. Nunca mais tomou conta de carro e se dedicou exclusivamente ao treinamento, a ser atleta. “O Bolsa Atleta me manteve no esporte. O Bolsa Atleta está fazendo dez anos e eu estou fazendo dez anos junto”. Um dos maiores desafios para os atletas jovens com poucos recursos, relata o lutador, é que quando chega a uma idade de 17, 18 anos tem a necessidade de ajudar financeiramente à família. E aí muitos se veem obrigados a deixar o esporte para procurar trabalho.

Então o programa do governo federal fez diferença mais uma vez. “Fez um papel fundamental de estar me mantendo no esporte. Antigamente eu não tinha patrocínio, não tinha incentivo de ninguém e o Bolsa Atleta me manteve no esporte, porque eu tinha de onde ajudar minha família. Pude me manter no esporte. Na minha vida fez um papel fundamental. Praticamente me incluiu na sociedade.”

E a bolsa que recebia fez ainda mais uma diferença, o incentivou a progredir cada dia mais e a conquistar melhores colocações no ranking nacional. “O Bolsa Atleta faz você sempre querer mais, te dá o benefício de ter o dinheiro a mais do seu sacrifício. Você se sacrifica, consegue chegar mais longe e o Bolsa Atleta vai e te incentiva a chegar muito mais longe no seu esporte, porque quanto mais apoio você tiver, melhor para você no seu rendimento.”

Davi Albino lembra que a luta greco-romana é um esporte tradicional no mundo, existe desde 750 a.C, mas que a Confederação Brasileira de Luta tem apenas 15 anos. “Em apenas 15 anos já temos medalha em mundial, já temos atletas no ranking mundial. Eu sou o primeiro atleta a entrar no ranking mundial da história da luta olímpica brasileira”. E se depender dele, o Brasil vai ainda mais longe na modalidade. “Ano que vem nas Olimpíadas eu sei que vou estar muito forte, graças ao Bolsa Atleta também, vou estar financeiramente melhor e fisicamente muito mais forte para trazer a primeira medalha olímpica para o Brasil na greco-romana.”

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