Reparem neste jovem negro no centro desta foto.
Este é o meu irmão mais novo (Clayton) que esta em vias de concluir o curso de medicina em uma renomada universidade publica no interior de Minas Gerais.
Ele trabalha de barman no período noturno.
Ele trabalha de barman no período noturno.
A 50 anos atrás nossos avós sustentaram nosso pai e tios com os
recursos adquiridos das esmolas que recebiam dos transeuntes na rua (Seu
nome era Raimundo ele era deficiente físico e não tinha proteção social minha avó Emiliana cuidava dos filhos e lavava roupa para as madames).
Nosso pai conheceu a fome (ele nunca nos deixou esquecer isso) aos 12
anos descarregava caminhões de areia para ajudar em casa, aos 14 era
ajudante de pedreiro.
Vocês já ouviram aquele cântico que diz que "o filho do pedreiro também vai poder virar doutor"?
Ta aí.
É real.
É real.
Sem a força coletiva, não somos nada. Só a luta transforma.
Na figura do meu irmão quero homenagear meus familiares e todos os
negros e negras deste país, de toda as partes do mundo que comeram e
ainda comem o pão que o diabo amassou, enfrentaram todo tipo de
adversidades, o racismo a fome mas nunca desistiram. Nunca duvidaram.
Quando negras e negros avançam o racismo, as desigualdades e injustiças retrocedem.
Cleidisson Júnior.
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