Embora a incidência de câncer de mama seja maior em mulheres acima
dos 50 anos, a mais alta taxa de diagnóstico tardio desse tipo de tumor
ocorre em pacientes jovens, até 39 anos, revela levantamento inédito
feito pelo A.C. Camargo Cancer Center, um dos maiores centros
oncológicos do País. O Dia Internacional do Combate ao Câncer de Mama é
comemorado nesta segunda-feira, 19.
Trata-se do segundo tipo de tumor mais comum entre as brasileiras,
depois do de pele. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é
de que 57.120 mulheres recebam o diagnóstico da doença neste ano.
O A.C. Camargo acompanhou por cinco anos 5.879 pacientes, entre 2000 e
2010. A pesquisa constatou que 34,8% das mulheres com até 39 anos
recebeu o diagnóstico nos níveis mais avançados da doença: estadios 3 e
4. Na faixa etária dos 40 aos 49 anos, a taxa de diagnóstico cai para
24,5%. O grupo entre 50 e 64 anos tem a menor taxa de detecção tardia:
22,8%. Entre as pacientes com mais de 65, o índice volta a crescer e
chega a 27,9%. O estadiamento é a classificação feita pelos médicos para
determinar a extensão e a localização do câncer e, no estudo, vai de 1 a
4.
O levantamento mostra ainda que a taxa de sobrevivência em cinco anos
das mulheres com câncer em estadios 1 e 2 é de cerca de 90% para
qualquer faixa etária. No estadio 3, a taxa varia de 56% a 77%. No grau
mais avançado da doença, o estadio 4, a sobrevida em cinco anos pode
chegar a 40%.
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