A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta
quarta-feira (21) em São Paulo, no Paraná, Rio de Janeiro, em Alagoas e
Rondônia, a Operação Afronta, para desarticular uma organização
criminosa que frauda concursos públicos do Poder Judiciário em todo o
país. A fraude foi detectada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, que notou irregularidades no último concurso para os cargos de
analista judiciário e técnico judiciário. Os documentos foram
encaminhados à PF para instauração de inquérito. Os candidatos suspeitos
tinham feito a prova em Sorocaba.
Segundo a PF, a investigação apurou que
os líderes do grupo monitoravam a publicação de editais de concursos
públicos, inscreviam no exame candidatos interessados em ingressar na
carreira mediante fraude e também os chamados pilotos – membros da
organização que se inscrevem no concurso para fotografar o caderno de
questões com microcâmeras durante a prova.
Esses “pilotos” saíam da sala de aula
depois do tempo de permanência exigido, de uma hora, e repassavam as
fotos das folhas ao líder da organização que providenciava a correção
das questões com o auxílio de outros comparsas. No final, as respostas
eram repassadas aos candidatos por meio de ponto eletrônico, dispositivo
intra-auricular de comunicação, que se conecta ao celular do candidato.
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