Um professor da rede pública está sendo
acusado de bullying pela família de uma aluna da Escola Estadual Luciano
Guidotti, em Piracicaba, interior de São Paulo. Durante uma aula, ele
teria chamado a estudante de “gorda” e recomendado que procurasse uma
academia de ginástica. A adolescente, de 12 anos, pesa 90 quilos e,
segundo a família, recebe auxílio médico e psicológico para emagrecer. O
caso aconteceu nessa quarta-feira (21) e a mãe da garota procurou a
polícia.
Segundo o relato da mãe, os estudantes
da sétima série estavam em uma atividade de língua portuguesa, quando o
professor foi até a aluna e disse: “Você está muito gorda, vá procurar
uma academia”.
A adolescente baixou a cabeça e chorou.
Outros alunos teriam ficado revoltados com a atitude do professor e
chamaram a diretora da escola. Ainda conforme o relato da mãe, que pediu
para não ter o nome divulgado para proteger a identidade da filha, a
diretora deu um copo de água com açúcar na tentativa de acalmar a
menina.
Chamada à escola, a mãe, que trabalha
como supervisora de vendas decidiu levar o caso adiante e foi ao 1º
Distrito Policial. A atitude do professor foi registrada como “submeter
criança ou adolescente a vexame”, crime previsto no Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA) com pena de detenção de seis meses a dois anos.
Ainda segundo a mãe, a adolescente
sempre teve sobrepeso e segue uma alimentação com restrições. Ela estuda
há dois anos na escola e não havia sofrido bullying anteriormente.
A Secretaria de Educação do Estado de
São Paulo reconheceu o erro de postura do professor e informou ter
aberto uma apuração preliminar, em que ele poderá se defender.
O professor, que não teve o nome
divulgado, discutia o tema “alimentação saudável” com os alunos, quando
abordou a estudante. Segundo a secretaria, a direção da escola recebeu
os pais da aluna e informou sobre as providências tomadas. Mesmo sem ter
sido afastado oficialmente, o professor não compareceu à escola nesta
quinta-feira (22).
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