Produzir um painel solar de baixo custo é o objetivo do Projeto de
Inovação em Energia Solar (PIES), desenvolvido pelo Grupo de Estudos em
Tribologia (GET) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
em parceria com a Incubadora de Processos Acadêmicos, Científicos e
Tecnológicos Aplicados (InPacta) da Escola de Ciências e Tecnologia
(ECT).
A ideia, explica o sócio da InPacta Francisco Laercio, é usar as
variações de temperatura ao longo do dia para produzir uma diferença de
potencial elétrico, transformando assim energia térmica em elétrica.
Isso significa que a energia seria gerada tanto de dia, quando há
exposição solar, quanto à noite.
Para isso, foi desenvolvido um captador constituído de uma parte
interna de níquel, cobre ou xelita, para absorver energia, e uma parte
externa de politereftalato de etileno (mais conhecido como PET, material
usado, por exemplo, na fabricação de garrafas de refrigerante)
pulverizado, para funcionar como isolante térmico. Armazenada em uma
bateria de nobreak, a energia captada pode ser transferida invertendo-se
a polarização do sistema da bateria.
Construído com níquel, a opção mais economicamente rentável, e PET,
de custo zero, esse painel solar custa aproximadamente R$ 60, bem mais
barato que o painel fotovoltaico de uso doméstico, cujo preço é de cerca
de R$ 350.
Além disso, sua produção contribuiria para o desenvolvimento
sustentável, uma vez que recicla PET e, consequentemente, economiza
recursos naturais, água e energia, e oferece uma alternativa a formas de
geração de energia de maior impacto ambiental, como termelétricas e
hidrelétricas.
Atualmente em fase de testes, o projeto deve entrar em breve em sua
segunda fase, na qual o captador será automatizado para inclinar-se de
modo a absorver o máximo de energia solar conforme sua geolocalização,
usando o Sistema de Posicionamento Global (GPS). Isso é necessário
porque enquanto em Natal a luz solar incide quase perpendicularmente,
situação ótima para a absorção de energia, em localidades mais ao sul ou
ao norte da linha do Equador, o ângulo de incidência é mais oblíquo e
há mais dispersão atmosférica.
Para saber mais, visite o estande do PIES na Feira da CIENTEC –
Pavilhão 2 (Tecnologia), cubículo número 114, na Praça Cívica do Campus.
O estande permanecerá montado até a sexta-feira, 23.
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