Quem sofre de apneia do sono pode ter, em breve, uma nova alternativa
para tratar o problema no Brasil: o implante de um “marca-passo” sob a
mandíbula que, por meio de pequenos choques elétricos, impede a
musculatura da língua e da faringe de relaxar e consequentemente
obstruir a passagem de ar.
A apneia obstrutiva do sono – caracterizada por interrupções de pelo
menos 10 segundos no fluxo de ar durante a noite – pode aumentar o risco
de vários problemas de saúde, como hipertensão, acidente vascular
cerebral (AVC) e infarto. O paciente também pode ter sonolência
excessiva durante o dia, cansaço e dor de cabeça.
O tratamento de eletroestimulação seria uma alternativa às duas
principais técnicas contra a doença utilizadas hoje. Uma delas é o CPAP,
sigla em inglês para pressão positiva contínua do ar, em que o paciente
usa uma máscara conectada a um aparelho que “empurra” o ar para as vias
respiratórias. A outra é a cirurgia para correção de características
anatômicas do aparelho respiratório que possam estar levando às
obstruções no fluxo de ar.
O procedimento cirúrgico para implante do "marca-passo" contra apneia
já foi feito com sucesso uma vez no Brasil, pelo Hospital Samaritano, em
São Paulo. O paciente obteve uma autorização especial da Anvisa para
receber o equipamento por uso compassivo, concedido nos casos em que o
produto ainda não obteve registro na agência, mas já foi aprovado em
outros países e se mostra promissor para o tratamento de determinada
doença.
Atualmente, está em curso uma avaliação por parte da agência para
concessão de registro para o eletroestimulador da marca ImThera. Existe
ainda um eletroestimulador com a mesma finalidade produzido pela empresa
Inspire Medical Systems. Via g1.
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