O número de matrículas em cursos presenciais nas instituições
públicas e privadas de ensino superior no país cresceu cerca de 130%
entre 2000 e 2013. Em 2013, havia cerca de 4,4 milhões de alunos
matriculados nas instituições privadas e 1,8 milhão nas instituições
públicas e, em 2000, a rede privada tinha 1,8 milhão de estudantes
matriculados e a pública, 887 mil.
Os dados são do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2015 lançado nesta
quarta-feira (7) pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior
(Semesp), que congrega cerca de 200 mantenedoras. A publicação traz
estatísticas e informações sobre o ensino superior no país relativos a
2013 por mesoregiões do Brasil e dados sobre o Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies) até 2015.
A maior parcela dos estudantes que está no ensino superior privado
vem de escolas públicas. Dos matriculados, quase 70% cursaram o ensino
médio em escolas públicas e 30% em escolas privadas. Os cursos de
serviços social, pedagogia e gestão de pessoas são o que tem os maiores
percentuais de alunos vindos do ensino médio público.
O mapa traz dados sobre os contratos do Fies indicando que em 2014
foram firmados 732 mil contratos e, no primeiro semestre de 2015, 253
mil. O texto aponta que o Fies sofreu “sérias restrições em 2015 e deve
apresentar uma queda superior a 50% no número de novos contratos”.
O diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, avalia que, se a
queda no ritmo de contratos do Fies se mantiver, a meta do Plano
Nacional de Educação de elevar a taxa líquida de matrículas para 33% da
população de 18 a 24 anos até 2024 não será cumprida.
“Pelas nossas projeções, se continuasse crescendo no ritmo de antes
das restrições do Fies chegaríamos a 25% ou 30% de matrículas em 2024.
Se for mantido o ritmo atual, não chegaremos a mais de 20%. Acreditamos
que vamos retomar esse crescimento dos contratos do Fies daqui dois ou
três anos”, disse Rodrigo Capelato.
De acordo com o mapa, os cursos presenciais mais procurados nas
instituições privadas são direito, administração, pedagogia, engenharia
civil e ciências contábeis. A taxa de evasão anual em 2013 dos cursos
presenciais atingiu o índice 27,4% na rede privada e 17,8% na pública.
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