Em uma decisão sem precedentes, a Fifa
suspendeu seu presidente, Joseph Blatter, o secretário-geral Jérôme
Valcke, além dos candidatos ao comando da organização, Michel Platini e
Chung Mong-Joon. No caso de Blatter, Platini, que também preside a Uefa,
e Valcke, o afastamento será por 90 dias e poderá ainda ser renovado
por outros 45. Já Chung ficará seis anos fora do futebol.
A suspensão do reinado de 17 anos de
Blatter deixa a entidade em uma crise ainda mais profunda. A Fifa já viu
seu secretário-geral, Jérôme Valcke, afastado e está diante de uma
debandada de patrocinadores e ainda tem diversos de seus dirigentes
presos na Suíça e nos Estados Unidos. O afastamento de Blatter é mais um
ato de uma crise que começou em maio, quando o FBI pediu a prisão de
cartolas, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Blatter é suspeito de ter cometido
crimes financeiros, de acordo com o Ministério Público da Suíça, e pode
pegar até dez anos de prisão. O Comitê de Ética da Fifa avaliou que, se
nestes três meses Blatter for inocentado pela Justiça, a suspensão será
encerrada. Enquanto isso, a entidade seria comandada por Issa Hayatou,
presidente da Confederação Africana de Futebol desde os anos 1980 e um
aliado incondicional de Blatter.
A decisão, porém, foi cercada de
polêmica. O processo era para ter sido mantido em sigilo. Mas uma pessoa
próxima ao presidente Klaus Stoehlker, acabou vazando informações para a
imprensa. Enquanto nem a Fifa nem os advogados de Blatter comentavam as
notícias já publicadas, uma segunda fonte negou que o suíço já tivesse
sido suspenso e garantiu que ele continuava no poder. Nesta quinta, o
afastamento foi confirmado.
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