O presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargador Claudio
Santos, acompanha a ministra corregedora nacional de Justiça, Nancy
Andrighi, na visita dela a Natal na terça-feira (13) para reunir-se com o
governador Robinson Faria, quando vai tratar dos mutirões do Programa
Nacional de Governança Diferenciada das Execuções Fiscais, desenvolvidas
pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vários
estados. O encontro vai acontecer às 9h na Governadoria. Durante os
mutirões, os contribuintes têm a chance de negociar suas dívidas
tributárias com condições especiais de pagamento. Essas ações estão
contando com a participação de governos estaduais, prefeituras
municipais e dos tribunais de Justiça estaduais.
Em paralelo à reunião da corregedora do CNJ com o governador, a
coordenadora do Programa Nacional, juíza Soníria D´Assunção, irá se
reunir com juízes das varas de Execuções Fiscais Estaduais de Municipais
da capital, procuradores do Estado do RN e procuradores especializados
na área fiscal de municípios da Grande Natal, na sede do TJRN. O tema
governança fiscal está na pauta. Estados como Mato Grosso, Pernambuco e o
Distrito Federal, além do município do Rio de Janeiro, já conseguiram
arrecadar mais de R$ 3,5 bilhões e este trabalho deve resultar, segundo
dados colhidos pelo Conselho Nacional de Justiça, em cerca de 200 mil
processos baixados. Nessas unidades da Federação, o trabalho foi
realizado em um período com duração de 36 dias. Foram atendidas mais de
200 mil pessoas.
A ministra tem repetido que o objetivo do programa da Corregedoria é
reduzir o estoque de processos referentes à execução fiscal em trâmite
no Judiciário brasileiro. E gera o aprimoramento da governança nas varas
especializadas por meio da gestão estratégica dos feitos, e viabiliza o
aumento da arrecadação e promover a cidadania tributária, incentivando a
população a manter sua situação fiscal em dia. No final de setembro, o
mutirão foi realizado no Ceará, planejado para atender até 20 mil
contribuintes.
Nancy Andrighi explica que um dos propósitos da iniciativa é
conscientizar o cidadão sobre a necessidade do pagamento de impostos.
“Cada um precisa ter a consciência de que pagando os seus impostos terá
legitimidade para cobrar a execução de políticas públicas por parte dos
governos”, enfatiza. “Hoje temos 100 milhões de ações no Judiciário e
51% delas correspondem às execuções fiscais, federais, estaduais e
municipais”, afirma Nancy Andrighi referindo-se ao Relatório Justiça em
Números 2014 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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