A partir dessa quinta-feira, 08, a rotina dos servidores
técnico-administrativos volta à normalidade. É que a categoria acatou
retornar ao trabalho após quatro meses e nove dias em greve. A decisão
foi tomada em comum acordo com o Comando Nacional da FASUBRA. A
recomendação é que os técnico-administrativos façam uma força tarefa
para colocar as atividades acumuladas em dia, porém não há recomendação
para reposição dos dias parados uma vez que a greve foi considerada
legal. A decisão pelo retorno das atividades foi tirada em assembleia
realizada na Ufersa Mossoró, nesta terça-feira, 06, quando 65 servidores
optaram por retornar nessa quinta-feira, dia 08, contra 27 que queriam
retornar apenas no dia 13, após o feriado. Outros 05 se abstiveram da
votação.
Apesar das poucas conquistas, no que se refere à reposição salarial
os técnico-administrativos avaliaram como positiva a paralisação que foi
não apenas a maior da história da Esam/Ufersa, mas também da FASUBRA.
“Tivemos pequenos ganhos nos auxílios alimentação, creche e saúde e no
que diz a reposição salarial as perdas salariais acumuladas poderiam ter
sido bem maiores”, explicou o coordenador estadual do SINTEST-RN,
Adalto Sabino.
Adalto Sabino explicou que se o acordo não fosse assinado, os
prejuízos da categoria seriam bem maiores. “Sem o acordo, os servidores
categoria “E” (Nível Superior) ficariam com uma perda salarial acumulada
de 23,52%, contra 3,61% com a assinatura. Já os servidores da Categoria
“D” (Nível Médio), as perdas caiu de 31,12% para 16,20% com a
assinatura do acordo com o governo”, esclareceu.
Para Francimar Honorato, coordenador da Delegacia do SINTEST-Mossoró,
a greve na UFERSA foi o maior exemplo democrático da história da
instituição. “Foram mais 20 assembleias com auditórios lotados,
manifestações com ações externas, inclusive, fora de Mossoró, e mais de
trinta reuniões do Comando Local, além de reivindicações de uma pauta
interna com muitas conquistas”, avaliou.
Outra conquista em andamento é a possibilidade da implantação do
turno contínuo na UFERSA. Os estudos já estão sendo viabilizados por
setor. “Temos uma comissão permanente trabalhando e estudando a
flexibilidade de cada setor”, afirmou Elisângela André, integrante da
Comissão do Turno Contínuo. A Comissão parte de dois princípios básicos:
o atendimento ao público das 8 às 21h e o número de servidores da cada
setor. A previsão é de que ainda esse mês a Minuta do Turno Contínuo
seja apreciada pelo Conselho Universitário. A criação da Assessoria de
Comunicação, uma sala de descanso para os servidores de Pau dos Ferros e
a ampliação de vagas nos programas de pós-graduação foram também
conquistas da greve.
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