terça-feira, outubro 06, 2015

Pesquisa da UFRN estuda os efeitos do álcool e da nicotina na cognição.

Segundo a pesquisa, dentre as áreas de investigação que abordam o consumo de álcool, muitas se preocupam em determinar os mecanismos de ação desta droga no cérebro. Apesar de anos de estudos, ainda é pouco o conhecimento sobre os mecanismos pelos quais o álcool afeta as funções neurológicas e quais seriam as causas exatas das deficiências cognitivas relacionadas ao seu uso. Enquanto as ações da nicotina já foram melhor estudadas e o mecanismo de ação estabelecido, não se sabe como as duas drogas usadas em concomitância podem interferir uma na ação da outra, aumentando a resposta ou ate bloqueando uma delas.

Barbara Quadros destaca que o uso associado de álcool e nicotina ainda necessitam de pesquisas mais aprofundadas no sentido de se estabelecer como as drogas interagem no sistema nervoso e quais as consequências do uso combinado. “Uma das principais funções superiores do sistema nervoso é a capacidade de aprender e lembrar.

Os reflexos condicionados são mudanças comportamentais que podem ser aprendidas a partir de experiências repetidas, e esta aprendizagem pode sofrer alterações de acordo com mudanças neurofisiológicas, por exemplo, após o uso de substâncias psicoativas, como o álcool e nicotina” ressalta a pesquisadora.

De acordo com os experimentos, devido à complexidade do sistema nervoso dos mamíferos e de suas respostas comportamentais variadas, outros modelos animais mais simples têm sido propostos, entre eles, o peixe paulistinha (Danio rerio). “No trabalho foi utilizada esta espécie, com o objetivo de estabelecer um protocolo comportamental robusto para tarefas associativas espaciais, e testar os efeitos de álcool, nicotina e álcool + nicotina no desempenho cognitivo do peixe” destaca a pesquisadora.

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