Segundo a pesquisa, dentre as áreas de investigação que abordam o
consumo de álcool, muitas se preocupam em determinar os mecanismos de
ação desta droga no cérebro. Apesar de anos de estudos, ainda é pouco o
conhecimento sobre os mecanismos pelos quais o álcool afeta as funções
neurológicas e quais seriam as causas exatas das deficiências cognitivas
relacionadas ao seu uso. Enquanto as ações da nicotina já foram melhor
estudadas e o mecanismo de ação estabelecido, não se sabe como as duas
drogas usadas em concomitância podem interferir uma na ação da outra,
aumentando a resposta ou ate bloqueando uma delas.
Barbara Quadros destaca que o uso associado de álcool e nicotina
ainda necessitam de pesquisas mais aprofundadas no sentido de se
estabelecer como as drogas interagem no sistema nervoso e quais as
consequências do uso combinado. “Uma das principais funções superiores
do sistema nervoso é a capacidade de aprender e lembrar.
Os reflexos condicionados são mudanças comportamentais que podem ser
aprendidas a partir de experiências repetidas, e esta aprendizagem pode
sofrer alterações de acordo com mudanças neurofisiológicas, por exemplo,
após o uso de substâncias psicoativas, como o álcool e nicotina”
ressalta a pesquisadora.
De acordo com os experimentos, devido à complexidade do sistema
nervoso dos mamíferos e de suas respostas comportamentais variadas,
outros modelos animais mais simples têm sido propostos, entre eles, o
peixe paulistinha (Danio rerio). “No trabalho foi utilizada esta
espécie, com o objetivo de estabelecer um protocolo comportamental
robusto para tarefas associativas espaciais, e testar os efeitos de
álcool, nicotina e álcool + nicotina no desempenho cognitivo do peixe”
destaca a pesquisadora.
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