O ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antonio Palocci (PT) foi
preso temporariamente na manhã desta segunda-feira (26) na 35ª fase da
Operação Lava Jato, em São Paulo.
A nova fase da operação, intitulada Omertà, investiga indícios de uma
relação criminosa entre o ex-ministro o grupo e a empreiteira
Odebrecht.
Segundo a PF, há indícios de que o ex-ministro atuou de diretamente
para obter vantagens econômicas à empresa em contratos com o com o Poder
Público e se beneficiado de valores ilícitos.
Entre as negociações envolvendo Palocci que a PF apura estão as
tentativas de aprovação do projeto de lei de conversão da MP 460/2009
que resultou em benefícios fiscais a empreiteira baiana, aumento da
linha de crédito junto ao BNDES para país africano com a qual a empresa
tinha relações comerciais, além de interferência no procedimento
licitatório da Petrobras para aquisição de 21 navios sonda para
exploração da camada pré sal.
Um funcionário do escritório de Palocci disse já avisou o advogado
dele que policiais federais estavam no local para cumprir mandado. Os
policiais também foram à casa do ex-ministro, mas o local da prisão não
foi divulgado pela PF. Um assessor do ex-ministro também foi preso.
Como a Folha já informou, Palocci era conhecimento internamente na
Odebrecht como “italiano” e esse apelido figura em planilhas de
pagamentos apreendidas pela PF em fases anteriores.
No escopo da delação premiada que a empresa negocia com a PGR e MPF,
executivos da empreiteira estão detalhando a relação de Palocci com o
grupo.
Cerca de 180 policiais federais e auditores fiscais estão cumprindo
27 mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15
mandados de condução coercitiva em São Paulo Rio de Janeiro, Espírito
Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Via Folhapress.
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