O presidente Michel Temer escolheu o diplomata Alexandre Parola como
porta-voz da Presidência da República. A nomeação para o cargo, que não
era ocupado desde o início do ano passado, foi definida depois da
divulgação de declarações de integrantes do governo consideradas
contraditórias. Com um porta-voz, o Planalto espera uniformizar o
discurso.
Alexandre Guido Lopes Parola já foi porta-voz da Presidência da
República no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e é
funcionário de carreira do Ministério das Relações Exteriores. Doutor em
filosofia e mestre em economia, Parola foi escolhido após consultas de
Temer e discussão de um plano estratégico de comunicação com o
jornalista Eduardo Oinegue.
O governo tem atribuído à falta de articulação interna os ruídos
gerados por algumas declarações de integrantes do alto escalão nas
últimas semanas, como a do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, sobre
o reconhecimento de jornada diária de doze horas para os trabalhadores;
e a divulgação, pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que
haveria ação da Lava Jato nesta semana.
Integrante da base aliada de Michel Temer, o deputado Paulinho da Força
(SD-SP) chegou a dizer há duas semanas que havia uma "confusão no
governo", com "cada ministro anunciando uma reforma".
O último porta-voz da Presidência da República foi o jornalista Thomas
Traumann, no governo da presidenta Dilma Rousseff. Ele deixou a
Secretaria de Comunicação Social em março de 2015.
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