domingo, abril 14, 2019

'Cabe à PF apurar', diz líder do PSL sobre acusação de ameaça de morte a deputada.

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse neste domingo ao GLOBO que o seu partido deve esperar a investigação da Polícia Federal (PF) sobre a acusação de ameaça de morte à deputada Alê Silva (PSL-MG) para tomar qualquer providência. A parlamentar afirmou no sábado que o colega do PSL e ministro do Turismo, Marcelo Ávaro Antônio, fez ameaças contra sua vida em duas ocasiões, com transmissão de recados por políticos.     

Waldir ressaltou que a competência para avaliar o caso na legenda deve ser do presidente nacional do PSL, Lucino Bivar, mas defendeu uma investigação para evitar qualquer tipo de julgamento indevido. Procurado pelo GLOBO, Bivar não retornou o contato. O ministro, também eleito deputado federal, está no centro do escândalo de candidaturas laranjas do PSL.

— O ministro foi eleito deputado, mas neste momento está no ministério, enquanto e a outra deputada está na Câmara. Temos uma situação em que nós temos que verificar quem tem a verdade. E isso vamos ver na apuração dos fatos. Não é o PSL que tem que fazer. Houve um problema que começou no diretório de Minas e não foi resolvido nada por lá. Agora, cabe à Polícia Federal apurar. Aí, depois da investigação, alguma coisa pode ser feita. Não queremos prejulgar — diz Waldir.

Alê fez a acusação em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”. Em entrevista ao GLOBO, a deputada reiterou a mesma denúncia, disse que o ministro comunicou por via indireta sentir “ódio mortal” por ela e afirmou já ter sido xingada por Álvaro em ligação feita na madrugada. Segundo Alê, o ministro “usa” o presidente Jair Bolsonaro, que resiste em demiti-lo do cargo.

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