O setor de saúde ainda está inseguro com a implantação da Lei Geral
de Proteção de Dados no país. Sancionada em agosto do ano passado pelo
então presidente Michel Temer, a lei prevê um tempo de transição para
entrar em vigor, o que pode ocorrer em fevereiro ou agosto do ano que
vem. As associações, entidades e organizações que atuam na área de saúde
consideram curto esse período de adaptação à lei.
Segundo a coordenadora do grupo de trabalho de Proteção de Dados da
Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Rogéria Cruz, o
setor está inseguro sobre o tem que fazer, o que pode e como fazer.
"Nossa realidade é muito maior do que a lei contempla. Então, vejo o
setor inseguro sobre quando [a lei] entra em vigor, inseguro se vai ter
dinheiro para fazer os investimentos de que precisa, se vai ser
penalizado, inseguro sobre como treinar os seus funcionários de forma
adequada. O tempo é curto”, afirmou Rogéria, que participou nesta
quarta-feira (17), de um evento na Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp) para discutir a implicação da lei na área de saúde.
Entre os desafios para a implantação da lei, Rogéria destacou a questão
da portabilidade e das diferenças culturais no país. Ela citou também as questões do direito ao esquecimento e de a pessoa
chegar lá e querer revogar. "Como eu trato isso hoje? Será que tem
sistema para o caso de a pessoa hoje não querer isso, querer só aquilo? O
quanto estarei suscetível?”, questionou Rogéria.
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