O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli,
defendeu ontem (17), na capital paulista, o direito à liberdade de
expressão. No entanto, ele ressalvou que esse direito não pode servir
para “alimentar a desinformação”.
“A liberdade de expressão não deve servir à alimentação do ódio, da
intolerância, da desinformação. Essas situações representam a utilização
abusiva desse direito. Se permitirmos que isso aconteça, estaremos
colocando em risco as conquistas alcançadas sob a Constituição de 1988”,
disse em palestra na Congregação Israelita Paulista (CIP). “Se é certo
que a liberdade de expressão encerra vasta proteção constitucional, não
menos certo é que ela deve ser exercida em harmonia com os demais
direitos e valores constitucionais”.
Toffoli citou o julgamento pelo STF de um escritor que publicou um livro com conteúdo antissemita. “Foi por essa razão que o STF, em histórico julgamento, proferido em 2004, manteve a condenação de um escritor e editor julgado pelo crime de antissemitismo, por publicar, vender e distribuir material antissemita. Liberdade de expressão não é absoluta”, disse.
Toffoli citou o julgamento pelo STF de um escritor que publicou um livro com conteúdo antissemita. “Foi por essa razão que o STF, em histórico julgamento, proferido em 2004, manteve a condenação de um escritor e editor julgado pelo crime de antissemitismo, por publicar, vender e distribuir material antissemita. Liberdade de expressão não é absoluta”, disse.
De acordo com o presidente do STF, nesse caso, a garantia da
liberdade de expressão foi afastada em nome dos princípios da dignidade
da pessoa humana e da igualdade jurídica. “As liberdades públicas não
são incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmônica,
observados os limites definidos na própria Constituição Federal”.
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