Confira a nota:
“Na quarta-feira (10), o governo de Fátima Bezerra (PT) completou 100 dias
no poder. E o que fizeram pela população? Nós, do Sindsaúde-RN, viemos
por meio desta nota repudiar os ataques aos direitos dos trabalhadores e
cobrar mudanças efetivas que tragam benefícios sociais ao povo
potiguar.
No Rio Grande do Norte, a situação de crise nos serviços públicos não
mudou muito desde a última gestão. Os salários dos servidores continuam
atrasados e não existe perspectiva para o pagamento em dia. Mesmo se
autodenominando de origem popular, Fátima Bezerra não apresenta mudanças
significativas em relação aos governos anteriores.
Quando teve a oportunidade de ficar ao lado dos trabalhadores, a
governadora preferiu fazer politicagem e permitir a aprovação do projeto
dos deputados estaduais que solicitaram o pagamento retroativo das
férias e do 13° salário. Sem considerar a situação financeira dos
servidores, que passam necessidades por causa dos recorrentes atrasos
salariais.
Isso, sem falar na greve da saúde, que
durou 53 dias e a governadora, que já foi sindicalista, teve a coragem
de judicializar. Criminalizando o direito dos servidores de lutar. A
petição declarou que a saúde não tem o direito de realizar greve,
caracterizando o movimento como ilegal e repetindo a cartilha dos
governos passados. Nós não esqueceremos dessa medida antidemocrática!
A categoria da saúde sempre se colocou à frente nas lutas e
continuaremos assim, cobrando melhorias nos serviços públicos. A
população não aguenta mais os corredores dos hospitais superlotados, a
falta estrutura nas unidades, equipamentos e remédios faltando.
Para além disso, a governadora do PT declarou não ser contra a
reforma da previdência e defendeu um diálogo com a população. Com essa
declaração, Fátima Bezerra colabora com o discurso do governo Bolsonaro
de que existe um déficit na previdência e que por isso é preciso
“combater os privilégios”.
No entanto, nesses meses de governo nunca foi mencionado que os
empresários devem mais de R$ 450 bilhões à previdência e que é preciso
cobrar os credores da dívida do RN. As mesmas empresas que financiam as
campanhas políticas e têm isenções fiscais.
Nós do Sindsaúde e da CSP-Conlutas, fazemos um chamado as entidades
sindicais e as centrais para construirmos uma Greve Geral como foi feito
em 28 de abril de 2017. A reforma da Previdência quer que os
trabalhadores morram de trabalhar e a nossa luta não pode parar!
Comunicação Sindsaúde
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