Oitava economia do mundo, o Brasil está atrás de 105 países em
relação aos indicadores de acesso a água e esgoto. Segundo o Panorama da
Participação Privada no Saneamento 2019, com base em dados
internacionais, o desempenho brasileiro é pior que o verificado nos
países próximos, como Chile, México e Peru. A Bolívia chega a ter índice
de atendimento de água maior que o do Brasil.
Para mudar essa
situação, o País precisaria investir cerca de R$ 20 bilhões por ano –
montante que nunca foi alcançado. Em 2016, por exemplo, foram investidos
R$ 11,33 bilhões em saneamento, ou seja, 0,18% do PIB nacional. Em 2017
esse montante caiu para R$ 10,05 bilhões. A questão é que, além de não
alcançar a universalização, os serviços prestados também não são
adequados. Para se ter ideia, a perda de água no País representa cerca
de R$ 10 bilhões por ano – ou seja, todo o volume investido no setor.
Importante indicador de desenvolvimento de um país, o saneamento básico
também tem reflexos na saúde da população. Dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), compilados no Panorama 2019 da
iniciativa privada, mostram que 1 933 municípios (34,7% do total)
registraram ocorrência de epidemias ou endemias provocadas pela falta de
saneamento básico em 2017.
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