O deputado Edmir Chedid, do DEM, vai presidir a comissão parlamentar de
inquérito (CPI) que investigará irregularidades na Fundação para o
Remédio Popular (Furp). Ele foi escolhido nesta terça-feira (23), na
primeira reunião de uma CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo
(Alesp) na atual legislatura. Danilo Balas, do PSL, será o
vice-presidente. A escolha do relator, entretanto, ficou para a próxima
reunião.
A CPI foi criada para apurar denúncias de irregularidades na Furp,
como superfaturamento no contrato para construção da fábrica de
medicamentos, e investigar as razões da reprovação das contas anuais da
entidade pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a ausência de
planejamento e impactos da judicialização das demandas para fornecimento
de medicamentos de alto custo.
Segundo Chedid, somente com a construção da fábrica da Furp, os
prejuízospodem chegar a R$ 22 milhões, valor que foi estabelecido no
reajustamento do contrato.
“E também [vamos investigar] a falta de medicamentos, principalmente de remédios de alto custo”, acrescentou o deputado.
“E também [vamos investigar] a falta de medicamentos, principalmente de remédios de alto custo”, acrescentou o deputado.
Danilo Balas reforçou que a comissão foi instalada para verificar
casos de corrupção envolvendo a Fundação para o Remédio Popular, como a
construção da fábrica. "Desde o início desse trabalho, já há denúncias
de casos de corrupção.”
A CPI tem prazo de funcionamento de 120 dias, que podem ser
prorrogados por mais 60. Nesse período, autoridades poderão ser
convocadas para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de
irregularidades. “Todas as autoridades ligadas à fundação,
principalmente aquele que relatou as contas não aprovadas pelo TCE,
serão convocadas a prestar esclarecimentos. Havendo indícios fortes de
desvio de verbas públicas, remeteremos o relatório [que será feito no
final da CPI] para o Ministério Público”, disse Balas.
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