O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (16) que o governo
está comprometido em não manipular preços e em aumentar a transparência
da Petrobras. Ele e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,
explicaram ao presidente Jair Bolsonaro, em reunião do Palácio do
Planalto, como funciona o processo de formação de preços dos
combustíveis.
Em coletiva de imprensa após a reunião, Guedes alertou que um
eventual congelamento de preços colocaria em risco os futuros leilões de
gás e petróleo, inclusive do excedente de barris da camada pré-sal.
“Quem estabelece as práticas de preço é a Petrobras. A maior
demonstração que podemos dar de que foi uma reunião de esclarecimento é
que não saímos com preço [dos combustíveis] fechado. O presidente da
Petrobras tem o encargo de tornar cada vez mais transparente a política
de preços O que está claro é que tem uma dimensão econômica a ser
respeitada para não colocar em risco nossos leilões”, declarou Guedes,
em sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o cargo.
Segundo Bento Albuquerque, o presidente "foi esclarecido" sobre o
assunto e a definição sobre qual será o percentual reajuste no preço do
combustível, e quando ele será aplicado, são decisões exclusivas da
Petrobras. "Desde 2002, o preço do mercado de combustíveis é livre e
quem vai tratar desse assunto é a Petrobras", afirmou.
Na semana passada, a Petrobras havia anunciado um reajuste de 5,74%
do no preço do óleo diesel nas refinarias, mas a medida foi suspensa a
pedido do presidente da República. Segundo o governo, Bolsonaro queria entender aspectos técnicos
da decisão da Petrobras. Após a decisão de suspender o reajuste do
diesel, ocorrida na última sexta-feira (12), houve queda das ações da
petroleira na Bolsa de Valores de São Paulo, que registraram
desvalorização de 8,54%.
Guedes manifestou confiança em Bolsonaro e negou qualquer mudança na
regra de reajuste de preços. Segundo o ministro, a decisão do presidente
de suspender o reajuste no diesel foi motivada por preocupações
políticas e com uma possível greve de caminhoneiros.
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