O relatório com o dado consta no volume 5 da PNS de 2019, que foi publicada pelo IBGE na sexta-feira (7).
Desse total de 169 mil pessoas que já tiveram alguma violência sexual, 124 mil são mulheres, que representa 73% do total – quase três vezes o número de homens, 44 mil.
A pesquisa considera violência sexual quando uma pessoa for “tocada, manipulada, beijada ou teve parte do corpo expostas contra a vontade, foi ameaçada ou forçada a ter relações sexuais ou quaisquer atos sexuais contra a vontade”.
No Nordeste, o número estimado de mulheres que sofreram violência sexual é de 1,8 milhão, também três vezes maior que o de homens (612 mil).
No Brasil, essa diferença é ainda maior: de quatro vezes. Em todo o Brasil, 7,4 milhões de mulheres relataram ter sofrido esse tipo de violência, enquanto o número de homens foi de 1,8 milhão.
Violência física e psicológica
Além da violência sexual, a PNS também retratou que no Rio Grande do Norte 478 mil pessoas maiores de 18 anos já sofreram ou violência física ou psicológica no período de 12 meses anterior à pesquisa, que foi realizada em 2019. Isso equivale a 18,3% da população do estado nessa faixa de idade.
Desse total, 15,2% das pessoas deixaram de realizar suas atividades habituais em razão da violência que sofreram, aponta o IBGE. Ou seja, 73 mil potiguares.
A maioria dessas agressões foram psicológicas: 453 mil pessoas.
Isso significa que elas foram: ofendidas, humilhadas ou ridicularizadas na frente de outras pessoas; foram alvo de grito ou xingamento; sofreram ameaças, ofensas, xingamento ou tiveram suas imagens expostas sem seu consentimento por meio de mídias sociais; receberam ameaça verbal de feri-la ou alguém importante para esta pessoa a recebeu; ou teve algo destruído de propósito por outra pessoa.
Considerando apenas a violência física, foram 101 mil potiguares que relataram ter passado por uma situação desse tipo – 3,9% da população nessa faixa de idade.
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