Em entrevista hoje (12) à Agência Brasil, Maria Izabel disse que no começo dos anos de 1990 um arqueólogo de Mato Grosso do Sul encontrou uma pegada de dinossauro nas margens do Rio Nioaque. A pesquisadora disse, no entanto, que ela ficou muito tempo sem pesquisas, e que em 2017, a equipe do Museu Nacional e do CPRM foi ao local e encontrou várias outras pegadas.
Os resultados da pesquisa foram publicados esta semana no periódico científico Journal of South American Earth Sciences. O estudo contou com apoio logístico da prefeitura de Nioaque.
O mapa geológico de Nioaque aponta que essas pegadas estavam marcadas em
uma rocha de mais ou menos 300 milhões de anos. O que acontece, segundo
a pesquisadora, é que nessa época não havia dinossauros. “A gente
percebeu então que tinha um erro no mapa geológico. Vendo essas pegadas
novas, a gente concluiu que elas estão, na verdade, em rochas mais
recentes no tempo geológico e que ali era um deserto que tinha um rio à
sua volta. Essas pegadas ficaram marcadas nesse rio em volta do deserto e
não em um ambiente glacial como foi inicialmente interpretado”,
explicou. Maria Izabel estimou que as rochas tinham entre 100 milhões e
65 milhões de anos, mas admitiu que pode-se considerar também o início
do período jurássico, há 140 milhões de anos.
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