A aprovação ao governo de Jair Bolsonaro continua a cair e atingiu o menor patamar registrado desde o início de seu mandato em 2019, mostrou uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada na quarta-feira (12/05).
O levantamento indicou que apenas 24% dos brasileiros consideram a gestão de Bolsonaro ótima ou boa, uma queda de seis pontos percentuais em relação à sondagem anterior realizada em março.
A aprovação ao governo está em queda desde o início de dezembro do ano passado, quando alcançou o maior patamar (37%). A satisfação com a gestão de Bolsonaro passou a cair com o agravamento da epidemia de covid-19 no país, o colapso do sistema hospitalar em diversos estados e a lentidão da campanha de vacinação.
A gestão de Bolsonaro na pandemia é atualmente alvo de uma CPI no Senado, que investiga as ações e omissões do governo federal no combate à covid-19. Desde o registro dos primeiros casos no país, o presidente vem negando a gravidade da doença, que já deixou mais de 428 mil mortos, e ignorando medidas sanitárias reconhecidas cientifica e internacionalmente como necessárias para conter a propagação do coronavírus.
O levantamento mostrou ainda que 45% dos brasileiros avaliam o governo Bolsonaro ruim ou péssimo, um aumento de um ponto percentual em relação à pesquisa realizada março. O índice reprovação também bateu recorde e é o maior registrado desde o início do governo.
Essa é a primeira vez ao longo do mandato que Bolsonaro alcança o maior índice rejeição e o menor de aprovação. Além disso, 30% avaliam Bolsonaro como regular – eram 24% em março e 29% no final de 2020.
A pesquisa ouviu 2.071 pessoas por telefone nos dias 11 e 12 de maio em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Bolsonaro é o segundo presidente com a pior avaliação desde a redemocratização de 1985, quando considerados os eleitos pelas urnas e que cumprem seu primeiro mandato. Ele só ganha de Fernando Collor (1990-1992), que era rejeitado por 68% do eleitorado e aprovado por apenas 9% na mesma altura do mandato, em setembro de 1992.
Nenhum comentário:
Postar um comentário