Época de final de ano é tempo de presentes, cartões, encomendas e muito trabalho para os Correios. No entanto, agressões contra esses profissionais e falta de segurança são características cada vez mais comuns no exercício da profissão. Assaltos, ameaças e lesões corporais têm preocupado a categoria.
Depois de sofrer assaltos e agressões, muitos carteiros ficam com traumas psicológicos e pedem licença para se afastarem do serviço. No RN, 8% do efetivo de 500 carteiros encontram-se afastado por licenças médicas, inclusive por seqüelas psicológicas decorrentes dos traumas sofridos. Cláudia reclamou, inclusive, que não recebeu nenhuma assistência psicológica por parte da empresa. “Eu passei um mês trabalhando assustada, com receio de ser assaltada de novo e a empresa, que tem assistente social e psicólogo, até agora não me procurou para ver como eu estou e se preciso de algo”, contou.
Segundo o presidente Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no RN (Sintect), Moacir Soares, assaltos a agências de correios também são freqüentes. “Só essa semana, houve assaltos a duas agências do interior, chegaram a colocar a arma na cabeça da funcionária. Em Natal, a agência de Pitimbu é a que tem sofrido mais assaltos”. Os locais mais perigosos são o Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Cidade da Esperança e de Lagoa Nova.
Para ele, outro problema que preocupa a categoria são as agressões por parte dos clientes, irritados com o atraso das entregas. “A empresa fala que as condições de trabalho vão melhorar com as novas contratações, mas nós não sentimos essa melhora. Ainda ontem (quarta-feira) oferecemos ao Ministério Público denúncias para que essas responsabilidades sejam apuradas porque as condições precisam melhorar e os distritos devem ser mais acessíveis, porque além dos assaltos, há risco de acidentes de trânsito ”, disse.
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