Depois de pequena alta nos casos de malária em 2010, houve uma redução de 31% nos registros da doença no primeiro semestre deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado, aponta balanço divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde.
O levantamento diz respeito a nove Estados na região da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins e Pará), que concentra 99% dos casos de malária do país.
De janeiro a junho, foram feitos 115.708 registros da doença na região.
Em 2010, foram 330 mil casos no total, uma alta de 8% em comparação com o ano anterior. O ano passado interrompeu o movimento de queda que vinha desde 2005, quando mais de 606 mil casos foram notificados.
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) reforçou a importância da redução dos registros no primeiro semestre, que geralmente reflete a tendência do ano --de alta ou baixa. "É decisivo ganhar a batalha no primeiro semestre. É como se tivéssemos começado o 1º tempo com uma alta de 8%, e o 2º tempo com uma redução de 31%."
A meta do governo é chegar ao final do ano com até 300 mil casos.
Segundo Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde de ministério, a combinação de alguns fatores explicam a redução este ano, como a ampliação do atendimento nas primeiras 48 horas de manifestação da doença e o aumento da rede de diagnóstico no país.
Barbosa diz, porém, que não é possível comemorar até o fechamento dos dados em dezembro. Afirma ainda que é preciso manter a vigilância. "Qualquer descuido pode significar o recrudescimento. O próprio desenvolvimento da Amazônia faz com que as pessoas mudem de área, e isso pode impactar na malária."
Uma das estratégias contra a doença será a distribuição de 1,1 milhão de mosquiteiros impregnados com inseticidas. O custo unitário é de R$ 13, e eles devem ser distribuídos entre os 47 municípios mais vulneráveis à doença, todos na região da Amazônia Legal.
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