A aeronave que enfrentou problemas no momento do pouso e resultou na morte de um dos passageiros na noite de segunda-feira (14), na região sudoeste da Bahia, passará por avaliação técnica, segundo informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa), regional Recife (PE). O acidente aconteceu na cidade de Condeúba, a cerca de 650 Km de Salvador.
“Faremos uma ação inicial, buscando informações básicas para dar prosseguimento às investigações técnicas. Queremos saber os fatores que contribuíram. O resultado será usado para a criação de recomendações de segurança a todos os envolvidos na atividade de voo”, afirmou o investigador da Aeronáutica em Recife, José Roberto Mendes. Segundo ele, os proprietários foram orientados a não interferir na cena do acidente para que os técnicos possam encontrar a situação preservada. As equipes responsáveis pelo trabalho devem sair do Recife ainda durante a manhã.
O ex-vereador do município Agnaldo José Pereira, de 44 anos, se desesperou com o pouso forçado e se jogou da aeronave, sendo atingido pela estrutura do próprio avião. Ele morreu na hora. O ex-político viajava junto com o irmão piloto e um primo, que não sofreram ferimentos. Por volta das 21h, quando a aeronave se aproximava da pista particular da família, dentro de uma fazenda, ocorreu o acidente, cujas causas serão investigadas. A área foi isolada e a aeronave permanece no local na manhã desta terça-feira. A fuselagem do avião sofreu pequenas avarias.
O corpo do ex-vereador foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Vitória da Conquista, a cerca de 150 Km de Condeúba. Segundo informações de familiares, o corpo será velado na Câmara Municipal e encaminhado para o povoado de Alegre, a cerca de 40 Km, onde ele nasceu. Agnaldo assumiu dois mandatos, de 2000 a 2008 e tinha três filhos.
Segundo familiares, a pista de pouso foi construída há cerca de dois anos e meio e é coberta de cascalho (não é asfaltada). O local fica um pouco afastado da zona urbana de Condeúba. Na delegacia da cidade, ninguém prestou depoimento sobre o acidente. Segundo agentes da unidade policial, os familiares envolvidos não têm condições emocionais de prestar esclarecimentos.
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