Poucos programas foram tão criticados no fim de 2011 quanto Bem estar, que a Globo exibe pela manhã, de segunda a sexta. Na 22ª edição da eleição Melhores e Piores, da agência TV Press, com votos de editores de 50 sites e jornais de todo o Brasil, o programa ganhou o prêmio momento bizarro. O motivo: Mariana Ferrão explicou no programa (com ajuda de um médico) como se deve limpar o bumbum após ir ao banheiro. Em outra edição, ela já tinha apresentado os diferentes tipos de fezes, incentivando o telespectador a prestar mais a atenção nelas, como forma de monitorar a própria saúde.
Escondidos em banheiros e hospitais, temas como arrotos, flatulências e morte causam espanto quando discutidos em público e com seriedade. Bem estar ousou ao falar em problemas de higiene e de saúde nunca antes abordados na tevê. Em muitas famílias, esses assuntos também são tabu e, com a falta de uma educação fundamental mais sólida, há questões que simplesmente não são ensinadas por ninguém e a ninguém.
A despeito do susto e da reação um tanto histérica, o programa conquistou boa média de audiência. Mariana Ferrão e Fernando Rocha sofriam com a concorrência de Tom & Jerry, que derrubava o programa para o segundo lugar em audiência. Coisas do passado. A atração se firmou em torno dos 8 pontos e vai bem em um horário que até hoje procura sua identidade, entre o jornalismo geral, o serviço à mulher e o público infantil.
Especula-se que a ida de Fátima Bernardes para o horário da manhã absorveria o Bem estar em um novo programa. A despeito das negativas da emissora, é difícil manter uma pauta tão específica quanto à do Bem estar por tanto tempo. A propósito: depois do Sítio do Picapau Amarelo, é a vez de Bem estar implicar com o hífen. Pelo visto, a reforma ortográfica não vale para a emissora.
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