O delegado Edson Moreira, responsável pela investigação da morte do empresário Djalma Brugnara Veloso, 49, acusado de ter matado sua ex-mulher, a procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, 35, informou na tarde desta sexta-feira (3) que Veloso morreu lentamente e sofreu por mais de dez horas.
As informações foram repassadas em entrevista coletiva e, segundo Moreira --que também investigou o caso do goleiro Bruno, acusado de matar a ex-amante Eliza Samudio--, são baseadas em provas colhidas no local do crime, que apontam para suicídio. O laudo final da morte, entretanto, só deve sair com a conclusão da perícia.
Segundo o delegado, o empresário iniciou ainda pela manhã o processo de "autoflagelação". Usou uma faca com lâmina de 40 centímetros para ferir os pulsos, pernas, pescoço e peito. Ao todo o corpo apresentava 28 perfurações, sendo 22 superficiais e seis profundas. Uma dessas perfurações mais fortes atingiu o coração, o que teria causado a morte.
Conforme a perícia, o corpo de Veloso entrou em choque entre 16h e 18h desta quinta-feira (2) e foi encontrado no fim da noite. Estava de barriga para baixo, ensanguentado, sobre a cama do motel onde se hospedara. Sob o braço direito estava a faca usada no suicídio e que, segundo a polícia, pode ser a arma que teria matado Ana Alice. Exames de DNA serão feitos para verificar essa hipótese.
Uma mochila do empresário, com roupas sociais e de academia, estava na suíte. No carro foram recolhidos documentos, inclusive o passaporte dele. A movimentação de Veloso, tanto na saída do condomínio quanto na entrada no motel, foi registrada por câmeras de circuito interno. O delegado Moreira solicitou exames toxicológicos no corpo do homem, mas não há ainda previsão para a divulgação do resultado.
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