A violência que alcança a todos os níveis da sociedade, chegou com "todo gás" a locais que antes não eram alcançados. Dentro de pouco menos de uma semana, quatro unidades de saúde pública no Rio Grande do Norte foram alvo de ações violentas, desde assaltos, passando por uma tentativa de resgate, e chegando a um homicídio. De Mossoró a Natal, tanto pacientes, como médicos e vigilantes que se encontravam nas unidades viveram momentos de terror e medo enquanto marginais agiam transgredindo a lei em pleno local onde o cidadão vai buscar atendimento de saúde.
As duas ocorrências mais recentes foram registradas entre a tarde da última quarta-feira no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, e a madrugada de ontem, no Hospital Infantil Maria Alice Fernandes, na Zona Norte de Natal. O caso do Walfredo Gurgel foi o mais ousado dentre os quatro crimes cometidos em unidades de saúde. Um trio armado foi ao local para resgatar um apenado do sistema prisional potiguar, que recebia atendimentos no maior hospital do Estado após ter sido atingido por golpes de faca no braço. O grupo conseguiu render o policial militar que dava guarda no local em que o preso estava internado e chegou a agredir e ameaçar de morte o PM. Em uma distração dos bandidos, o policial conseguir avisar outros policiais que estavam fora do hospital e, após cerco, o resgate foi abortado e dois dos três bandidos conseguiram fugir do cerco policial.
Já na madrugada de ontem, o caso foi mais simples, mas igualmente chocante pelo local em que aconteceu. A forma de atuação repete-se: dois homens armados chegam em uma moto e praticam o crime. Desta vez, o alvo foi um dos vigilantes que trabalham no Hospital Infantil Maria Alice Fernandes, no conjunto Parque dos Coqueiros, Zona Norte da capital. O guarda foi rendido e teve sua arma tomada. O diretor da unidade de saúde acredita em premeditação do crime.
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