Após três meses de greve, professores da Universidade Estadual do Rio
Grande do Norte (UERN), ainda aguardam um posicionamento do governo
quanto às suas reivindicações. Em greve desde o dia 22 de maio, mais de
1.200 professores da UERN pedem ao governo a melhoria das condições de
trabalho e a implementação do plano de carreiras e salários. O executivo
estadual já havia sinalizado no mês de junho que não era possível
atender aos pedidos da categoria devido a Lei de Responsabilidade
Fiscal. No entanto, na noite dessa segunda-feira (25), mais uma
tentativa de negociações foi realizada entre as partes e uma proposta de
acordo foi entregue ao Gabinete Civil.
A proposta foi entregue pelo reitor da instituição, o professor Pedro
Fernandes Ribeiro, a secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes
Cunha e foi encaminhada ao consultor geral do Estado, Eduardo Nobre,
para análise.
Por meio da assessoria de comunicação, a Associação dos Docentes da
UERN (Aduern), informou que a proposta apresentada pela universidade é
baseada em uma brecha legal “que possibilita o reajuste salarial dos
servidores sem onerar as contas do governo”. Neste caso, “os valores do
reajuste seriam retirados do próprio orçamento da UERN, por meio de
remanejamento”.
Os docentes pedem ao governo o cumprimento de um acordo de 2014 que
determina o reajuste salarial de 53%. O reajuste seria dado em parcelas
anuais de 12,03% até 2018. A primeira parcela seria paga em maio deste
ano.
A paralisação das atividades da Universidade Estadual é total. Além
dos professores, os servidores da instituição também cruzaram os braços.
Segundo o presidente da ADUERN, Valdomiro Morais, as categorias buscam,
além do cumprimento do reajuste salarial, a melhoria das condições de
trabalho.
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