A greve dos bancários completa 21 dias
nesta segunda-feira (26). De acordo com dados da Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), divulgados na última
sexta (23), a paralisação fechou 13.385 agências e ainda 40 centros
administrativos. O número representa 57% das agências de todo o Brasil.
“A esta altura de nossa greve, os bancos
já deveriam ter percebido que, mesmo sob forte ameaça, não conseguirão
derrotar nem enfraquecer a nossa luta. A truculência só fortalece ainda
mais a adesão à greve de protesto, transformada em luta por dignidade e
respeito. Cada bancário e cada bancária estão cada vez mais convictos de
que só a luta garante avanços e direitos. E, ainda por cima, os bancos
estão devendo explicações para a sociedade pelos juros cobrados, lucros
exagerados e reajuste negado. Como justificar?” ressaltou o presidente
da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.
O Comando Nacional dos Bancários até
agora não teve nenhuma sinalização de uma nova reunião com a Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban).
A pauta de reivindicações foi entregue
aos bancos no último dia 9 de agosto, mas a Fenaban não apresentou
proposta decente, que contemple as reivindicações dos trabalhadores. Já
foram oito rodadas de negociação sem sucesso. Mesmo após recordes
diários de agências e locais de trabalho paralisados, os bancos insistem
em se manter em silêncio, diante das demandas dos bancários, preferindo
o uso de práticas antissindicais para tentar desestruturar o movimento
grevista.
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