O Índice Nacional de Expectativa do
Consumidor (INEC) teve queda de 2,3% em março frente a fevereiro e
registrou 102,2 pontos no mês passado. Apesar desse recuo, o índice é
4,5% maior que o de março de 2016, mas 6,1% inferior à média histórica.
Dos seis indicadores da pesquisa, divulgada pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI) nesta terça-feira (4), apenas o índice de
endividamento melhorou, com crescimento de somente 0,4% frente a
fevereiro. Apesar dessa alta, o indicador permanece 5,9% abaixo da série
histórica.
De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, o INEC está
oscilando muito nos últimos meses em patamar muito baixo. “Isso sinaliza
muita preocupação do consumidor com a economia e com sua situação
financeira, o que prejudica a retomada de um consumo mais forte capaz de
impulsionar a atividade econômica”, destaca.
Os outros cinco indicadores – inflação, desemprego, renda pessoal,
compras de bens de maior valor e situação financeira – tiveram queda
entre fevereiro e março. A maior queda foi no índice de expectativa de
inflação, que está 6,9% menor, o que indica maior preocupação dos
brasileiros com a alta nos preços.
Em relação ao índice de expectativa sobre o desemprego, com redução
de 3% frente a fevereiro, há maior preocupação das pessoas sobre o
fechamento de vagas no mercado de trabalho. O indicador de perspectiva
sobre a renda pessoal recuou 2,9% e o de expectativas sobre compras de
bens de maior valor diminuiu 1% em março em relação ao mês anterior.
Conforme o levantamento, com exceção do índice de compras de bens de
maior valor, os demais seguem consideravelmente abaixo de suas
respectivas médias históricas. Só o índice de situação financeira, com
queda de 2,1% na comparação com fevereiro, está 13,9% abaixo da média
histórica. Esta edição do INEC, feita em parceria com o Ibope
Inteligência, ouviu 2.000 pessoas em 126 municípios entre 16 e 19 de
março.
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