Das 23 mil crianças rohingyas que se refugiaram em Bangladesh e que
foram examinadas pelo Unicef, 3 mil sofrem de desnutrição aguda,
denunciou hoje (19) o órgão para a infância da ONU. A informação é da
agência EFE.
Nos últimos 25 dias, cerca de 250 mil crianças
rohingyas chegaram a Bangladesh fugindo da violência em Mianmar . Foram
examinados 23 mil menores de 5 anos, dos quais 3 mil sofrem de
desnutrição aguda.
"Estes números são estimativas muito
preliminares, dado que a quantidade de crianças que pudemos examinar é
muito pequena, e seguramente mudará assim que examinarmos mais gente",
especificou Marixie Mercado, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef).
Marixie lembrou que a desnutrição aguda é
fruto de uma rápida falta de alimentação e de doença recente, e pode ser
fatal se não tratada rapidamente ou se for combinada com outra doença.
"As
crianças que sofrem de desnutrição têm nove vezes mais possibilidades
de morrer de doenças tratáveis como sarampo, malária e cólera que uma
criança bem alimentada", afirmou a porta-voz.
A porta-voz lembrou
que as condições nas quais vivem as crianças que chegaram a Bangladesh
são exatamente propícias para desnutrição e para contrair qualquer outra
doença.
"As pessoas em Cox's Bazar (Bangladesh) vivem
literalmente algumas acima das outras. Não há água potável suficiente
para todos". "A prioridade agora é evitar que uma crise humanitária se
transforme em um desastre humanitário", concluíu Mercado.
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