A greve dos servidores dos Correios iniciada ontem terça-feira (18) em todo o Brasil, pode implicar na paralisação do funcionamento de mais de 70% das agências no Rio Grande do Norte. A paralisação é por tempo indeterminado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores dos Correios do RN (Sintect), Edilson Shampoo, pelo menos 60% das 196 agências do Estado já aderiram à paralisação. O sindicalista conta que a categoria pede a manutenção de “direitos conquistados” e não cobra nenhum aumento.
“Não queremos mais. O que pedimos é que seja mantido o que batalhamos por anos para conquistar e está sendo tirado pelo Governo Federal. São cerca de 70 direitos assegurados que estão sendo retirados”, contou.
A categoria reclama que o Governo Federal revogou um acordo coletivo de trabalho que tem validade até 2021. Segundo a federação nacional dos servidores, a Fentect, “foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras”.
No mês passado, representantes dos Correios procuraram um acordo para evitar a paralisação, porém, não obtiveram respostas. Foi proposta uma readequação para as medidas.
O presidente do Sintect RN admite que a paralisação terá um impacto sobre o prazo de entregas de encomendas, por conta do fechamento das agências.
“Vai ser um impacto grande e negativo. Teremos muitas agências fechadas. A expectativa é que mais de 70% destas parem de funcionar”, explicou.
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