Os dados são do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) divulgados pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) e refletem um problema ainda maior do que é quantificado, diz Antônio Meira Junior, presidente da Abramet. Ele aponta que os números tendem a ser subestimados, já que nem todas as pessoas que utilizam o celular no trânsito são flagradas pelos agentes de trânsito. “Os números registrados são estarrecedores, mas provavelmente estão subestimados, porque a maioria das cidades não tem fiscalização”, diz.
Dados do Detran mostram que São Paulo detém um terço dos automóveis cadastrados no País. “O celular na direção é o principal motivo de distrações durante a direção, e é o mais grave, porque ocasiona uma distração em três níveis: manual (motorista tira a mão que devia estar comandando a direção), visual (desvio do olhar) e cognitiva (desvio do foco, distração emocional e maior tempo de reação)”, explica Meira Junior.
Levantamentos feitos pela Abramet mostram que o uso do celular é responsável por quase 50% das atividades que resultam em Falha de Atenção ao Conduzir – quando há uma distração por parte do motorista -, e que 57% dos acidentes com pessoas entre 20 e 39 anos são por esse mesmo motivo.
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