Segundo o MP, uma das empresas usadas para lavagem de dinheiro era uma revendedora de veículos da cidade de Água Nova, no interior do estado. O município tem cerca de 3.500 habitantes. Embora a revendedora só tenha um veículo cadastrado no Detran/RN, movimentou mais de R$ 6 milhões em dois anos.
Ainda de acordo com o MP, a suposta empresa de fachada recebeu entre os anos 2020 e 2021 um total de 238 depósitos no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 476.000, e ainda 109 depósitos bancários no valor fechado de R$ 5.000, o que totalizou R$ 545.000 no mesmo período.
Para o MPRN, esse dinheiro é proveniente de crimes cometidos pelo grupo e era lavado na empresa. Conforme os investigadores, os valores tinham origem no tráfico de drogas e outros crimes, com várias movimentações bancárias também em outras empresas de fachada.
Deflagrada na última segunda-feira (19), a operação Omertà II cumpriu dois mandados de prisão e outros seis, de busca e apreensão no RN, e ainda nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Além dos investigados que tinham mandado de prisão em aberto um suspeito foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e de munições, em São Paulo.
No Rio Grande do Norte, foram cumpridos mandados nas cidades de João Dias, Água Nova e Nísia Floresta.
A operação Omertà II contou com o apoio dos Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul e também das Polícias Civil e Militar do Rio Grande do Norte.
O nome da operação é uma referência ao termo que define um código de honra de organizações mafiosas do Sul da Itália, que apregoa as regras do silêncio e da solidariedade entre criminosos do mesmo grupo.
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