O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou em conversa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não irá manter a isenção total de impostos sobre combustíveis.
Eles conversaram por telefone, no final de semana, enquanto Haddad estava na Índia, para encontro de ministros no G20, países com as vinte maiores economias do mundo.
De acordo com assessores do governo, Lula tranquilizou Haddad e buscou baixar a poeira depois de a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, ter defendido que o fim da desoneração seria “penalizar o consumidor e gerar mais inflação”.
Gleisi e Haddad têm visões opostas sobre este assunto. Enquanto a presidente do partido quer a manutenção da desoneração, o ministro defende o retorno da tributação, diante do impacto para arrecadação dos cofres públicos.
A desoneração tem um impacto anual de cerca de R$ 30 bilhões aos cofres públicos. O fim da desoneração, porém, pode elevar o litro da gasolina em R$ 0,69 e o do etanol em R$ 0,24.
Nos bastidores, auxiliares do governo defendem uma solução de meio-termo: ou um retorno escalonado, com a reoneração em 75% da gasolina e 25% do álcool, ou a desoneração apenas para a Cide sobre a gasolina, que geraria um desconto de R$ 0,10 sobre o litro.
O governo federal também discute a possibilidade de um escalonamento de 50% para gasolina e 50% para o álcool.
A edição de uma medida provisória que mantenha parcela da desoneração tem apoio junto ao segmento político do governo federal e também junto a lideranças partidárias do Congresso Nacional.
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