segunda-feira, outubro 02, 2023

Número de brasileiros com compras parceladas chega a 71 milhões.

Hábito de 71,1 milhões de consumidores, dividir o valor de uma compra em várias prestações virou um costume aliado das famílias e do comércio, revela pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Segundo o levantamento, mais da metade dos consumidores (51%) tem prestações de compras no cartão de crédito, cartão de lojas, crediário ou cheque pré-datado a pagar.

“Por meio do crédito, é possível antecipar a compra de bens que, de outro modo, só seriam conquistados após longo tempo de poupança. A pesquisa mostra que tanto o consumidor brasileiro quanto o varejo se beneficiam dessa modalidade de pagamento”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

O estudo surge em meio a propostas para extinguir o parcelamento sem juros no cartão de crédito, medida com potencial de atingir o bolso das famílias e prejudicar o volume de venda dos comerciantes.

Os entrevistados afirmam ainda que possuem em média 5,6 parcelas de compras no crédito, número que corresponde a uma prestação a mais na comparação com 2022. A forma preferida de parcelar compras é o cartão de crédito, recurso de 73%, seguido a distância pelo Pix parcelado (9%).

Conforme a pesquisa, os tipos de crédito mais utilizados nos últimos 12 meses foram cartão de crédito (78%), empréstimo pessoal (25%), cheque especial (22%), Pix parcelado (22%) e crediário (19%).

No momento do levantamento, 80% dos consumidores pretendiam realizar compras parceladas no mês posterior à pesquisa, sendo 23% com roupas, calçados e acessórios, 20% com eletrônicos e 15% com eletrodomésticos.

Considerando os três meses anteriores à pesquisa, realizada em julho, 58% dos entrevistados afirmam que evitaram pelo menos alguma compra no crédito, sobretudo no cartão de crédito parcelado (25%), cartão de crédito à vista (18%) e financiamento (15%).

Entre os entrevistados que evitaram compras a prazo, o medo de se desorganizar com o pagamento das parcelas e extrapolar o orçamento é o principal motivo para evitarem o pagamento no crédito (43%), seguido de 43% que relatam já possuir muitos compromissos financeiros a pagar e 22% que estão com as contas em atraso.

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