Já teve vontade de fazer sexo no avião? O fetiche — que é considerado crime de ato obsceno e prevê detenção de três meses a um ano — é tão popular que já existem empresas oferecendo pacotes de voos exclusivamente para isso.
Uma companhia de Las Vegas chamada Love Cloud está comercializando a adesão ao Mile High Club – termo americano para pessoas que gostam de transar em viagens aéreas. São três modalidades, que variam de R$ 4,9 mil a R$ 9,3 mil por casal, em um voo de uma hora.
Mas fica a dúvida: por que uma pessoa teria tesão por fazer sexo em um avião? De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, o fetiche pode ter a ver com exibicionismo, que é quando a pessoa faz sexo com o objetivo claro de outras verem, ou mesmo com a adrenalina de poder ser pego no flagra.
“Transar em locais onde é possível ser descoberto envolve neurotransmissores e hormônios que criam um estado de alerta, que ao mesmo tempo que pode ser inibidor para algumas pessoas, pode ser excitante para outras”, elucida.
Qual o limite?
Ainda que todo fetiche, praticado com segurança e consentimento, seja
saudável e positivo para a sexualidade, é preciso pensar também no
consentimento de quem está em volta. Mesmo que a sexualidade seja
individual, é importante lembrar que se vive em sociedade.
“Cumprimos leis e acordos morais que não podem ser ignorados. Expor pessoas a um sexo que elas não querem ver não é legal, nem no sentido moral e nem no legislativo, uma vez que se enquadra em atentado ao pudor”, pontua André.
Além disso, o psicólogo ressalta que o fetiche pode vir a causar problemas maiores às pessoas, dependendo de quem o assiste, como crianças ou pessoas mais vulneráveis em relação ao ato sexual.
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