Morreu nesta terça-feira (30), em Natal, o bebê que ficou conhecido após receber uma embalagem de bolo improvisada como máscara de oxigênio durante uma internação no hospital municipal de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada pela família do bebê e pela prefeitura de Santa Cruz.
O improviso foi feito pela médica Ellenn Salviano enquanto o bebê aguardava ser transferido para uma UTI pediátrica, já que o hospital municipal de Santa Cruz não contava com o equipamento adequado.
O bebê tinha cinco meses de idade e estava internado na capital potiguar desde o dia 11 de junho, quando conseguiu a transferência para um hospital pediátrico.
Ele havia sido internado, inicialmente, por conta de uma bronquiolite, após apresentar desconforto respiratório grave, congestão nasal, febre, rinorreia, vômitos e diarreia.
Segundo a família, o bebê teve várias intercorrências após a bronquiolite, como uma pneumonia e chegou a precisar realizar uma traqueostomia.
A família disse que foi pega de surpresa com a notícia, porque o bebê havia evoluído para a enfermaria recentemente e a alta médica era aguardada. A causa da morte não havia sido informada até a atualização mais recente desta reportagem.
Segundo a família, o bebê tinha hidrocefalia, usava uma bolsa de colostomia e também tinha síndrome de Dandy-Walker, uma malformação no cérebro que pode causar problemas no desenvolvimento motor e aumento progressivo da cabeça.
Lembre o caso
O hospital municipal de Santa Cruz usou uma embalagem de bolo como capacete de oxigênio em um bebê de apenas três meses internado com suspeita de bronquiolite no dia 8 de junho.
Em nota assinada pela direção técnica, a unidade de saúde informou que o paciente, na época com 3 meses de idade, tinha um com quadro de desconforto respiratório grave, congestão nasal, febre, rinorreia, vômitos e diarreia.
Ainda de acordo com o hospital, o bebê foi medicado e a equipe solicitou vaga de internamento em alguma unidade com UTI pediátrica. Porém, foi preciso usar o equipamento improvisado enquanto a transferência não ocorreu.
O paciente estava “clinicamente grave, mantendo quadro de desconforto respiratório e taquidispineia”, segundo a nota.
O município informou que o hospital não é referência em urgência materno infantil e que a médica plantonista usou a embalagem de bolo para montar um leito semi intensivo e atender a necessidade criança enquanto aguardava regulação para leito de UTI.
O bebê foi transferido para o Hospital Varela Santiago, em Natal, no dia 11 de junho.
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