A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (27) a Operação Libertatis 2 visando desarticular uma organização criminosa armada e transnacional, especializada no comércio ilegal de cigarros por meio do domínio de regiões e da imposição de violência e medo.
A justiça expediu mandados, além da emissão de ordens de bloqueio,
sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 350 milhões.
Dentre eles, há imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em
espécie e valores depositados em contas bancárias.
Na ação, foram empregados 200 policiais – com o apoio de uma equipe da
Polícia Rodoviária Federal (PRF) - com a finalidade de cumprir 21
mandados de prisão preventiva.
Desse total, 12 foram executados, sendo um casal preso em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos e um policial militar, na sede do 22º Batalhão da Polícia Militar, na Maré, onde era lotado. Outro homem foi preso na cidade de Serra, no Espírito Santo; um em Magé (RJ) e outro em Nova Friburgo, além de seis em bairros do Rio.
Um dos alvos da ação é o contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho. Ele é conhecido por ser um dos principais integrantes da chamada “nova cúpula da contravenção” e é apontado como um dos responsáveis por uma máfia de cigarros ilegais no Rio de Janeiro. Também é envolvido na exploração de máquinas caça-níqueis e venda de cigarros clandestinos do Paraguai, que têm a comercialização proibida no Brasil.
Desde o ano passado, Adilson é o patrono da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, mas não pôde comparecer ao desfile das escolas do Grupo Especial deste ano por estar com a prisão preventiva decretada pela justiça, acusado de ser o mandante de duas mortes ligadas à contravenção. Ele também não pode ir aos ensaios da escola por conta da decisão judicial.
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