segunda-feira, abril 09, 2012

Dono de clínica de reprodução inglesa doava próprio esperma.

David Gollancz tinha 12 anos quando, em 1965, seus pais lhe disseram que o haviam concebido por inseminação artificial. Só não lhe revelaram quem era o seu pai biológico. Adulto, esse advogado londrino descobriu enfim que se tratava do biólogo de origem austríaca Bertold Wiesner, que nos anos de 1940 havia fundado, com sua mulher, Mary Barton, a clínica de fertilização London Barton, onde Gollancz foi concebido.

Mas a maior surpresa veio em 2007, quando testes de DNA feitas por 18 pessoas nascidas graças ao tratamento de Wiesner apontaram que 12 delas eram filhos do próprio. Ou seja, o dono da clínica foi o doador do esperma em 2/3 dos casos. Em declarações ao jornal britânico “The Sunday Times”, Gollancz diz que um cálculo conservador indica que entre 300 e 600 dos 1.500 bebês concebidos na clínica — que funcionou até meados da década de 1960 — são filhos do doutor Wiesner, que morreu em 1972 com 70 anos. Um especialista eleva a cifra a 1.000.

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